sábado, 11 de novembro de 2017

Traços de Leite


Marinheiro de primeira viagem sempre sofre! E não foi diferente comigo. Não entendendo  muito do assunto, fui comprando alimentos sem lê tudo o que estava escrito nos rótulos. Daí voltava para casa, preparava aquele lanche gostoso e passava mal novamente. Achei que estivesse com outro tipo de doença. Foi então que meu super esposo foi em busca das respostas, ele descobriu que alguns alimentos, mesmo não tendo leite em sua composição poderia ter traços de leite. Os traços de leite são, na maioria das vezes, uma “contaminação” do produto, que passou por uma máquina onde foram fabricados produtos com leite ou derivados. Pessoas com Intolerância à Lactose possui algum nível de produção de lactase e, portanto, podem consumir alguns alimentos com leite sem sentirem os sintomas da IL. Já no meu caso que também tenho alergia às proteínas do leite, a história é bem diferente. Foi muito bom aprender mais um detalhe tão importante pra mim.

quinta-feira, 27 de julho de 2017

Meu primeiro Lactase


Agora já estou bem acostumada com um “problema” que se tornou uma benção na minha vida. Pois assim não terei problemas de saúde como; diabetes, gorduras localizadas  e nem preciso mais de sobremesas caras na geladeira, cheia de gorduras e açucares. E todos da minha família, parentes, amigos e conhecidos já sabem que sou intolerante à lactose, daí que quando tem algum convite para aniversários ou lanches eu acabo que viro a estrela da festa, sem querer. rsrs.. Em minha mesa vem: frutas, sobremesas à base de soja, chocolates 0% lactose e etc..  Mesmo assim por conta dos traços de leite em algum alimento, eu voltava para casa com a barriga inchada, cheia de cólicas. Mais uma vez meu esposo foi para a net pesquisar uma forma de eu poder consumir alimentos com traços de leite e não passar mal. E para a nossa alegria, encontramos mais uma solução; LACTASE. Fui me consultar com a médica e ela me passou a receita para eu mandar fazer na farmácia de manipulação. Compramos então minha primeira LACTASE. Oba! Fiz o teste e amei o resultado. Não dá para comer ou beber algo com o leite puro, mas ajudou bastante nos produtos com apenas traços. Graças a Deus! Só alegrias! Nada de alergias.

segunda-feira, 19 de junho de 2017

E agora o que comer?


     Quase me desesperei quando parei para pensar: E agora o que eu vou comer? Meu esposo responde: vamos procurar nos mercados. Começamos com a maratona da leitura de todos os  rótulos e ingredientes nos versos de cada produto. Imaginamos que seria fácil, onde não tiver leite na composição é só por no carrinho. Compramos então: biscoitos de água e sal; pães; massa pronta para bolo; margarina; achocolatado zero lactose; leite zero lactose, queijo zero lactose; biscoitos de polvilho e etc...


Cheguei super feliz em casa, preparei aquele café da tarde, chamei meu esposo para deliciarmos juntos aquele momento. Para minha surpresa minha barriga inchou, me deu coceiras, senti dor na cabeça e enjoos. E agora o que fazer? Comprei tudo “lacfree”. Que frustração !. Meu esposo como sempre muito preocupado comigo, foi para o computador fazer umas pesquisas interessantes sobre minhas alergias. E o que ele descobriu, conto tudo nas próximas postagens.

quinta-feira, 18 de maio de 2017

Alergia, intolerância ou os dois?


Lá vem mais uma novidade, como se já não bastasse à intolerância do grau severo, agora descubro que também tenho alergia da vaca. Como assim? Voltei ao médico e ele me esclareceu tudo, disse que alguns se manifestam somente a intolerância já em outros os dois e que a alergia é mais grave, pois no meu caso não poderia mais comer nem a carne da vaca, já havia cortado o leite e derivados, agora a “carne”. Ou seja: nada da vaca. E minhas reações alérgicas são: acnes, vermelhidão e coceiras na barriga, barriga inchada, vômitos, diarreia, gases, cólicas, urticária, falta de apetite e etc...

A principal diferença entre ser intolerante e ser alérgico é o tipo de resposta que o organismo dá quando entra em contato com o alimento. Na alergia há uma resposta imunológica, isto é, o organismo cria anticorpos (conhecidos como IgE), como se o alimento fosse um agente agressor. Esse mecanismo é chamado de sensibilização.


No caso de alergia alimentar é essencial banir totalmente o alimento causador. Aproveitei pra perguntar para o doutor se com o passar do tempo eu teria uma cura, e a resposta foi: geralmente não há “cura”, já que o problema é referente à falta de uma enzima que você em questão não produz.

sexta-feira, 21 de abril de 2017

O exame que me deu diarreia

Chegou o grande dia, o dia de testar o grau da intolerância à lactose. Cheguei à clinica às 7 horas e sai as 11:00, porque de 30 a 60 minutos após a administração de lactose pura em jejum, umas 500 gramas desse liquido, tinha que tirar sangue depois, esperar os 60 minutos e de novo repetir a dose. Minha cabeça começou a doer bastante e corri para o banheiro com aquela cólica e flatulências, graças a Deus esse exame foi feito numa sala tipo quarto de hotel, com poltronas confortáveis e um banheiro exclusivamente para cada paciente. Após tirar várias amostras de sangue para medir o nível de glicose que reflete a digestão do açúcar do leite, o diagnostico de Intolerância à lactose foi confirmado.Sem contar que, quando voltei para casa continuei com diarreia e a dor na cabeça se tornou enxaqueca, eu não sabia o que tomar, mas no retorno com o médico, ele iria me passar todos os procedimentos certinho.

segunda-feira, 20 de março de 2017

O médico do leite?

Na semana seguinte marquei com o gastroenterologista, quando me sentei no banco da sala de espera, escuto uma paciente dele, dizer: “gosto muito desse gastro..., ele descobriu minha gastrite na hora certa”.
Mas, pra falar a verdade, não esperava muitos resultados nessa consulta não, lembro que quando eu era mais jovem fui ao médico com minha mãe pra saber o motivo de tantas acnes no rosto, dai a medica disse que era coisa de jovem mesmo, e outra vez fui à dermatologista pra saber o porquê estava tendo queda de cabelo, a resposta dela foi: compre um shampoo antiqueda, sendo que eu já estava usando. Cada uma que acontece comigo que daria pra fazer um livro cômico. Mas para minha surpresa o médico foi excelente logo na primeira consulta, ele pediu pra que eu deitasse na maca para me examinar, e começou apertando um lado da minha barriga, quando eu senti dor disse: Ai! Porque doeu? Ele respondeu: você não tem nada no fígado, isso se chama “Intolerância a Lactose” daí eu pensei; que doença será essa? Lembrei-me de ter ouvido sobre isso, mas não em adultos. Perguntei então para o doutor: essa doença não dá somente em crianças? Ele disse que eu nasci sem essa enzima, e que se manifestou apenas na minha fase adulta. Falou também que eu tinha a incapacidade de digerir o açúcar presente no leite e seus derivados. Agora sim, descobri o verdadeiro motivo de tantas flatulências, vômitos, dor de cabeça e etc... Então fui pra casa com as guias de exames pra semana seguinte ser confirmada a intolerância.

sexta-feira, 10 de março de 2017

Tumor no Cérebro ou Câncer no Fígado?


Não aguentava mais ir correndo ao banheiro, deixar de sair pra ficar em casa num quarto escuro sem barulho com aquela enxaqueca, e como se não bastasse, as desconfianças só aumentavam de estar com câncer no fígado ou no cérebro, pois os remédios que tomava para dor e para o fígado eram inúteis. Resolvemos usar o plano de saúde para os exames. Eu e meu esposo somos muito parecidos no quesito hospital, só vamos ao último caso. Confesso que estávamos muito nervosos com tudo aquilo.  

Resolvi marcar todas as consultas, mais uma etapa demorada e preocupante. Falei com vários médicos, até que descobri alguns especialistas no meu caso. Fui ao neurologista primeiro pra saber do motivo de tantas dores e ficar apenas um dia ou dois na semana sem dor, dai ele me disse que poderia ser psicológico, e que eu tinha que fazer um despacho, fiquei com tanta raiva naquele dia, perdi meu tempo e gasolina, pra ouvir bobagens. 

Resolvi procurar outro médico. Em outro consultório falei com outro neurologista, então ele me passou uma tomografia e uma tabela para eu ir marcando a frequência das dores e marcar também os três tipos de remédios que tinha que tomar para aquele tratamento e eliminar aquelas dores de vez. Então começaram as baterias de exames que tanto temia. Paralelamente fui pesquisando um gastroenterologista. Graças a Deus não foi detectado nenhum tumor na minha cabeça, agora vamos seguir com a segunda parte “o fígado”.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Barriga inchada! Estou grávida?


Um ano se passou e nada mudou, aliás, meu corpo mudou bastante, fiquei inchada rosto mais redondo e barriguinha saliente. Será se estou gravida? Mas eu não queria engravidar só com um ano de casada. Onde eu pisava ouvia as mesmas perguntas, você tá com cara de grávida, já foi ao médico? Você está gravida? Já estava acreditando que sim. Eu sempre fui magrinha e esbelta, então desconfiava que existisse algo ali.
Cheguei até a pesquisar sobre gravidez na internet , sintomas etc... já estava aceitando a ideia de ser mamãe, mesmo não querendo que fosse logo.
Conversando com o meu marido, descobri que ele também havia notado as diferenças no meu corpo, e que se fosse um bebezinho sendo gerado, seria muito bem vindo. Resolvemos esperar por mais novidades. Mas os sintomas eram os mesmos: vômitos, diarreias, enxaquecas e empachada.
Passaram-se semanas e logo foi desvendado o mistério da possível  gravidez, chegaram minhas regras normalmente. Dai descartamos a ideia da gravidez, o próximo passo agora seria ir ao médico para descobrir aquele inchaço, náuseas e dores na cabeça.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

Traumatizada com Postinho!


Quando chegamos em casa, percebi minha barriga um pouco inchada e estava um pouco indisposta também. Mas a alegria com a nossa vida de casados superava todos os sintomas. Arrumamos tudo no lugar, já era tarde e tínhamos que comer algo, meus pais e tios de Brasília, nos deixaram umas comprinhas nos armários, eu como sempre não tinha fome, em compensação meu esposo estava super faminto. Lanchamos e fomos dormir.

Pela manhã minha mãe me liga pra dizer que já estava pronta para a viagem que ia fazer à São Paulo, para a casa da minha irmã que estava prestes a ter um bebê, e que a noite ia fazer uma jantar de despedida para meus tios que estavam lá e para nós também.

Enquanto morei com meus pais tive uma alimentação super saudável, pois minha mãe é bem fitness, ela gosta de tudo natural, light e evita ao máximo alimentos industriais. E da mesma forma ela nos criou. Mas quando me casei quis comer tudo diferente, foi aí que eu me dei mal.

Na manhã seguinte recebemos visita dos meus tios de Brasília, eles vieram entregar o presente de casamento, uma geladeira duplex grande e linda! Ficamos tão felizes com o presente, pois agora poderíamos comprar iogurtes, sobremesas, queijos, e todos os produtos cheios de lactose, que mais tarde iriam me levar várias vezes para o postinho.

No dia seguinte, cada um na sua vida normal. Eu e meu esposo ainda em ritmo de lua de mel, aproveitávamos cada dia como se fosse o último, e degustávamos todas e as delicias (cheia de lactose) que tinha na geladeira.

Mas após passar o dia inteiro ruim da barriga e com dor na cabeça, ao chegar a noite, tudo mudou. De uma hora para outra comecei a vomitar sem parar, meu esposo me levou no postinho, pedindo ajuda para o meu pai, pois na época ainda não tínhamos carro, e já era meia-noite.

Sem conter os vômitos, peguei um baldinho para não sujar o carro do meu pai, e fomos correndo para o postinho. E eu vomitava no baldinho sem parar.

Chegando no postinho, aquele atendimento que a gente conhece. Um médico com cara de poucos amigos, só perguntou rapidamente os meus sintomas, e sem muito compromisso prescreveu uma guia de remédios, com aqueles nomes que eu já conhecia de longa data: Dramin (para vômito), Dipirona (para dor) e Soro (para recuperar as forças). 

Após uma “aparente” melhora, proporcionado por aquele coquetel de remédios, fui liberada para voltar para casa.

Mas eu mal sabia que aquela era a primeira, de muitas idas ao postinho.

sábado, 28 de janeiro de 2017

Lua de Mel ou Lua de Fel?


Sete anos se passaram, e chega a parte mais feliz da minha vida: meu casamento. Tudo certinho até então, nosso casamento foi bem simples, mas sofisticado, com o dinheiro contadinho, tivemos que escolher entre o aluguel das indumentárias ou a festa. Claro que escolhemos o aluguel das roupas. Ganhamos de presente para a nossa Lua de Mel, uma estadia de 3 dias no Hotel Rio Poty em São Luis do Maranhão. Antes de irmos ao hotel, jantamos nos meus pais para recuperarmos as forças.

A primeira noite foi maravilhosa, o café da manhã tinha de tudo, muito saboroso e diversificado, comemos uma tapioca deliciosa de presunto, sucos, e pães dos mais variados. Mas vocês sabem como é Lua de Mel, nos dá uma fome de leão. Logo chega a hora do almoço, estávamos ansiosos pelas delicias dos restaurantes aos arredores do hotel que ficava quase a beira mar. E lá fomos nós nos aventurarmos com um macarrão à bolonhesa, regado de queijo ralado. Para fechar, à noite preferimos algo mais leve, fomos no Subway, que ficava do lado do Hotel.

Mas aquela noite, inexplicavelmente começou a virar um pesadelo. Com fortes dores na barriga, aquelas de rolar na cama de dor, meu esposo perguntou se eu queria ir ao médico eu disse que não, acreditava que tínhamos comido algo estragado. Então ele me falou que essa dor poderia ser gases, já imaginou gases na lua de mel? Fiquei naquele desconforto até a madrugada do outro dia. Deu uma amenizada com as massagens do meu esposo e várias idas ao banheiro. 

Graças a Deus, mesmo com as dores na barriga, conseguimos aproveitar bem nossos últimos dias ali no Hotel. Eu comecei a comer pouquinho e sempre me sentindo muito cheia, já estava acostumada com isso com aquele desconforto. Arrumamos nossas malas e fomos para a primeira noite em nosso apartamento.

terça-feira, 24 de janeiro de 2017

Quase morri na Argentinha

Aos 20 anos fiz minha primeira viagem internacional, fui para Argentina. O ano era 2003, e a viagem foi inesquecível. Foi inesquecível pela experiência de conhecer outra cultura, novas amizades, experimentar nova culinária, aprender novo idioma, quando tudo parecia estar bem, entre uma viagem e outra pela Argentina, minha aventura foi marcada também por crises de vômitos e enxaqueca. Sinceramente achei que fosse morrer na Argentina. Meus amigos me levaram para uma clínica particular e o médico para minha surpresa brasileiro, em uma rápida análise disse que o meu problema poderia ser fígado... que era normal passar mal em uma outra cultura, alimentação diferente etc... Após me passar uns flaconetes, creio que para o fígado, várias receitas de remédios, e uma dieta alimentar antivomito, fui liberada...

Na semana seguinte, tudo o que comia corria para o banheiro para fazer o numero dois... Passei mais alguns meses na Argentina e voltei para o Brasil com os mesmos sintomas, às vezes, tinha uma trégua de duas semanas boa, mas depois voltava tudo... já estava até me acostumando em correr para o banheiro quando ia comer na casa de alguém, ou num restaurante.

Chegou um tempo em que emagreci muito, meu rosto encheu de acnes e comia cada vez menos, pois a cada alimentação, me sentia saciada como se estivesse comido um boi inteiro. Ia ao médico, mas sempre o mesmo prognóstico – “problema no fígado”. Eu já tinha até decorado os remédios quando ia no médico, eram sempre os mesmos: Dramin para cortar o vômito e Dipirona para dor de cabeça. Viraram o meu arroz e feijão do dia-a-dia...

5º Lembra com saudade dos bolos com chantili da infância

5º Lembra com saudade dos bolos com chantili da infância Que maravilha era comer aqueles doces todos e o bolo com uma montanha de c...