Aos
20 anos fiz minha primeira viagem internacional, fui para Argentina. O ano era
2003, e a viagem foi inesquecível. Foi inesquecível pela experiência de
conhecer outra cultura, novas amizades, experimentar nova culinária, aprender
novo idioma, quando tudo parecia estar bem, entre uma viagem e outra pela
Argentina, minha aventura foi marcada também por crises de vômitos e enxaqueca.
Sinceramente achei que fosse morrer na Argentina. Meus amigos me levaram para
uma clínica particular e o médico para minha surpresa brasileiro, em uma rápida
análise disse que o meu problema poderia ser fígado... que era normal passar
mal em uma outra cultura, alimentação diferente etc... Após me passar uns
flaconetes, creio que para o fígado, várias receitas de remédios, e uma dieta
alimentar antivomito, fui liberada...
Na
semana seguinte, tudo o que comia corria para o banheiro para fazer o numero
dois... Passei mais alguns meses na Argentina e voltei para o Brasil com os
mesmos sintomas, às vezes, tinha uma trégua de duas semanas boa, mas depois
voltava tudo... já estava até me acostumando em correr para o banheiro quando
ia comer na casa de alguém, ou num restaurante.
Chegou
um tempo em que emagreci muito, meu rosto encheu de acnes e comia cada vez
menos, pois a cada alimentação, me sentia saciada como se estivesse comido um
boi inteiro. Ia ao médico, mas sempre o mesmo prognóstico – “problema no
fígado”. Eu já tinha até decorado os remédios quando ia no médico, eram sempre
os mesmos: Dramin para cortar o vômito e Dipirona para dor de cabeça. Viraram o
meu arroz e feijão do dia-a-dia...
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