terça-feira, 24 de janeiro de 2017

Quase morri na Argentinha

Aos 20 anos fiz minha primeira viagem internacional, fui para Argentina. O ano era 2003, e a viagem foi inesquecível. Foi inesquecível pela experiência de conhecer outra cultura, novas amizades, experimentar nova culinária, aprender novo idioma, quando tudo parecia estar bem, entre uma viagem e outra pela Argentina, minha aventura foi marcada também por crises de vômitos e enxaqueca. Sinceramente achei que fosse morrer na Argentina. Meus amigos me levaram para uma clínica particular e o médico para minha surpresa brasileiro, em uma rápida análise disse que o meu problema poderia ser fígado... que era normal passar mal em uma outra cultura, alimentação diferente etc... Após me passar uns flaconetes, creio que para o fígado, várias receitas de remédios, e uma dieta alimentar antivomito, fui liberada...

Na semana seguinte, tudo o que comia corria para o banheiro para fazer o numero dois... Passei mais alguns meses na Argentina e voltei para o Brasil com os mesmos sintomas, às vezes, tinha uma trégua de duas semanas boa, mas depois voltava tudo... já estava até me acostumando em correr para o banheiro quando ia comer na casa de alguém, ou num restaurante.

Chegou um tempo em que emagreci muito, meu rosto encheu de acnes e comia cada vez menos, pois a cada alimentação, me sentia saciada como se estivesse comido um boi inteiro. Ia ao médico, mas sempre o mesmo prognóstico – “problema no fígado”. Eu já tinha até decorado os remédios quando ia no médico, eram sempre os mesmos: Dramin para cortar o vômito e Dipirona para dor de cabeça. Viraram o meu arroz e feijão do dia-a-dia...

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