Quando chegamos em casa, percebi minha barriga um pouco inchada e estava um pouco indisposta também. Mas a alegria com a nossa vida de casados superava todos os sintomas. Arrumamos tudo no lugar, já era tarde e tínhamos que comer algo, meus pais e tios de Brasília, nos deixaram umas comprinhas nos armários, eu como sempre não tinha fome, em compensação meu esposo estava super faminto. Lanchamos e fomos dormir.
Pela manhã minha mãe me liga pra dizer que já estava pronta para a viagem que ia fazer à São Paulo, para a casa da minha irmã que estava prestes a ter um bebê, e que a noite ia fazer uma jantar de despedida para meus tios que estavam lá e para nós também.
Enquanto
morei com meus pais tive uma alimentação super saudável, pois minha mãe é bem
fitness, ela gosta de tudo natural, light e evita ao máximo alimentos
industriais. E da mesma forma ela nos criou. Mas quando me casei quis comer tudo diferente, foi aí que eu me dei mal.
Na manhã seguinte recebemos visita dos meus tios de Brasília, eles vieram entregar
o presente de casamento, uma geladeira duplex grande e linda! Ficamos tão
felizes com o presente, pois agora poderíamos comprar iogurtes, sobremesas,
queijos, e todos os produtos cheios de lactose, que mais tarde iriam me levar várias
vezes para o postinho.
No dia
seguinte, cada um na sua vida normal. Eu e meu esposo ainda em ritmo de lua de
mel, aproveitávamos cada dia como se fosse o último, e degustávamos todas e as
delicias (cheia de lactose) que tinha na geladeira.
Mas após
passar o dia inteiro ruim da barriga e com dor na cabeça, ao chegar a noite, tudo mudou. De uma
hora para outra comecei a vomitar sem parar, meu esposo me levou no postinho,
pedindo ajuda para o meu pai, pois na época ainda não tínhamos carro, e já era
meia-noite.
Sem
conter os vômitos, peguei um baldinho para não sujar o carro do meu pai, e fomos
correndo para o postinho. E eu vomitava no baldinho sem parar.
Chegando
no postinho, aquele atendimento que a gente conhece. Um médico com cara de
poucos amigos, só perguntou rapidamente os meus sintomas, e sem muito compromisso
prescreveu uma guia de remédios, com aqueles nomes que eu já conhecia de
longa data: Dramin (para vômito), Dipirona (para dor) e Soro (para recuperar as
forças).
Após uma “aparente” melhora, proporcionado por aquele coquetel de
remédios, fui liberada para voltar para casa.
Mas eu
mal sabia que aquela era a primeira, de muitas idas ao postinho.